Iniciativa apoiada pela Lei Federal nº 14.017/2020 – Aldir Blanc, Prefeitura Municipal e Secretaria Municipal de Cultura de Assis-SP.
Data: 01/05/2022 (Domingo)
Horário: 11:00h
Local: Estação Tibiriçá
Endereço: Travessa Tibiriçá, nº 01 – Vila Operária – Assis/SP
Em tempos que o feminismo é palavra fácil na indústria cultural, e a arte e a cultura somadas às novas tecnologias se colocam como canal de comunicação mais impactante entre a juventude, isso está catapultando protagonistas mulheres. No entanto as estruturas sexistas no processo de trabalho são profundas e concretas, naturalizam músicas machistas, comportamentos violentos, assédio e alienação, que coexistem no cotidiano da produção cultural.
Já existem inúmeras trajetórias de realizações femininas e feministas em redes e coletividades, mas ainda são os homens detentores desses meios de produção, e são muitos os casos de reação á esta produção, seja ceder o espaço “porque são legais”, descredibilizar o trabalho ou mesmo ignorar o debate porque “não tenho nada a ver com isso”. No entanto o diálogo e a relação com os detentores desses meios é algo inevitável quando a mulher fura a bolha e entra nesse universo. Quando você está numa posição de direção é comum em um palco só ter você de mulher, e que seus mestres e inspiradores da área sejam homens, afinal eles estão ali há décadas. Mas a histórica desigualdade nas relações traz a licença para o machismo se manifestar em diversos aspectos e, de forma mais dura quando você entra no meio, até então, dos privilegiados. A prática do feminismo impacta positivamente a mulher nesse ambiente, te empodera. Mas também desafia egos, tira privilégios, pois homens não foram preparados nessa década para lidar com equidade de gênero nos “seus” espaços. As feministas estão avançando nesta direção, mas no rolê ainda pouco se concretizou no sentido de alterar estruturas.
A roda de conversa BINKI – Economia e Cultura tem como objetivo empoderar, motivar e orientar mulheres trabalhadoras e interessadas nas atividades híbridas dentro da produção cultural.
Ana Carolina Luchini – Mediadora da roda de conversa, é designer de moda, atuou como Produtora nos eventos “Batalha do Velho Oeste” que ocorreram em Assis-SP entre 2017 e 2018, totalizando 4 (quatro) eventos que abrangeram mais de 8 mil pessoas no total. Trabalha de forma autônoma como Figurinista, já tendo produzido figurinos para Conti Cola, Coopermota, Webby Internet, produtos São João, entre outras. Em 2017, fundou a OFF Gallery – galeria de arte, estúdio e ateliê, um lugar de convívio coletivo e espaço expositivo e colaborativo para artistas que procuram difundir suas produções, localizada em Assis/SP. Produziu e foi diretora de arte da web-série documental “To Beat or Not to Beat”, a qual recoloca o problema da dependência política, cultural e tecnológica da cena de produtores musicais no interior dos estados brasileiros. Participou da performance “Identidades Autônomas” na Red Bull Station em São Paulo-SP, realizado pela Vista Skate, criando uma indumentária em torno do reaproveitamento de resíduos e da ressignificação criativa de materiais. (2019). Desenvolveu o figurino do espetáculo futurista PHI 2085. (2019). E também é criadora e idealizadora da marca BINKI, uma marca artesanal de biquíni e lingerie, responsavelmente sustentável, onde cria e desenvolve todos os modelos, inclusive as edições de moda.